
A expressão, que literalmente significa "balançar e rolar", fazia parte da gíria dos negros americanos desde as primeiras décadas do século XX, para referir-se ao ato sexual. Assim, ela já aparecia em várias letras de blues e rhythm’n’blues como "Good Rockin’ Tonight" (1947), de Roy Brown - antes de ser adotada como nome do novo estilo musical, que surgiu nos anos 50, com Bill Halley e Elvis Presley, e consistia basicamente na fusão desses ritmos negros com a branquela música country. Esse batismo costuma ser atribuído ao disc-jóquei americano Alan Freed (1922-1965), cujo programa de rádio foi um dos principais responsáveis pela popularização da nova onda, altamente dançante, que logo contagiou toda a juventude do país e do mundo.
Na década de 60, o rótulo foi abreviado para rock, para abranger as mudanças provocadas por artistas como Bob Dylan e Beatles, abrindo um leque de infinitas variações: rock psicodélico, rock progressivo, folk rock, hard rock, heavy metal etc etc. A partir daí, o termo rock’n’roll passou a significar exclusivamente o estilo original, característico da década de 50.
             Os Rolling Stones, atualmente em mais uma de suas incontáveis megaturnês mundiais, estão fazendo 41 anos de palco. Batizada de Forty Licks Tour ("Turnê das Quarenta Lambidas"), a excursão foi iniciada no ano passado justamente para comemorar as quatro décadas corridas desde o primeiro show da banda, em 1962, no lendário Marquee Club, em Londres. Da formação original, permanecem a dupla central Mick Jagger e Keith Richards e o baterista Charlie Watts, todos sexagenários, mas ainda capazes de empolgar as multidões que lotam estádios para vê-los em carne e osso tocando clássicos como "Satisfaction" e "Street Fighting Man".
Em segundo lugar, aparecem os também ingleses The Who. Liderado pelo guitarrista e compositor Pete Townshend, o grupo estreou em 1964 e se dissolveu em 1983 - mas nunca deixou de fazer reaparições esporádicas. A banda estava às vésperas de uma grande turnê pelos Estados Unidos no ano passado, quando a morte do baixista John Entwhistle provocou o cancelamento de todos os shows.
O recorde dos Stones é superado, porém, pelos irmãos australianos Robin, Barry e Maurice Gibb, que compunham os Bee Gees. Na ativa desde 1958, o grupo faria 45 anos de carreira em 2003, mas declarou seu fim após o falecimento de Maurice, no último mês de janeiro. O problema é que os Bee Gees não se encaixam em uma definição rigorosa de "banda de rock". Primeiro, porque sempre foram mais um grupo vocal, acompanhado por outros músicos. Depois, porque, alternando entre o pop romântico e o dançante (atingindo seu auge na didiscothèquescothèque dos anos 70), raramente puseram os pés no que chamamos de rock’n’roll.
             Nós apostaríamos em um empate técnico entre The Wall (1979), do Pink Floyd, e Led Zeppelin IV (1971), do Led Zeppelin, ambos na casa das 40 milhões de cópias. É impossível obter uma resposta mais precisa, porque não existe uma instituição que levante os números de venda de discos em todo o globo. O Guinness, o "livro dos recordes", aponta como álbum mais vendido de todos os tempos Thriller (1982), de Michael Jackson, com vendagem hoje calculada em 47 milhões de cópias. Mas ninguém classificaria esse disco na categoria rock.
Na falta de dados globais, as estimativas mundiais vêm de projeções baseadas nos números da Recording Industry Association of America (RIAA), órgão oficial da indústria fonográfica americana. Ela publica informações sobre os Estados Unidos, o maior mercado de todos, representando cerca de 30% do total do planeta. Segundo os números da RIAA, Thriller é superado em sua própria terra, há três anos, pela coletânea Their Greatest Hits: 1971-1975, do grupo Eagles, lançada originalmente em 1976. Esse álbum seria o atual campeão americano, com 28 milhões de cópias vendidas - seguido de Thriller, com 26 milhões, The Wall, 23, e Led Zeppelin IV, 22. Mas, ao contrário de Michael Jackson, o chamado folk rock dos Eagles não reproduz seu sucesso fora dos Estados Unidos - são conhecidos apenas por uma única canção, "Hotel California".
Com Eagles (pela pouca vendagem fora da América) e Thriller (por ser um disco pop) fora do páreo, o título de álbum de rock mais vendido da história fatalmente ficaria com uma das duas bandas inglesas, Pink Floyd e Led Zeppelin. Os discos de ambos os grupos continuam vendendo em toda parte, entre as gerações mais novas. Só não dá para garantir quem leva a melhor. A margem americana de apenas 1 milhão entre o quarto álbum do Zeppelin e The Wall é pequena demais, estatisticamente, para garantir a vitória de um deles.
¿Os Reis do Iê Iê Iê¿ (1964)
No auge da beatlemania, John, Paul, George e Ringo destilam humor britânico e muito nonsense nesta comédia ingênua que entrou para a história por ser o primeiro grande registro cinematográfico da trajetória explosiva dos Fab Four.
¿Sid & Nancy¿ (1986)
A saga de destruição de um dos casais mais polêmicos da história do rock foi eternizada nos cinemas pelo diretor Alex Cox. Nos papéis principais, Gary Oldman (Sid Vicious), que realmente incorporou o ex-baixista dos Sex Pistols em mais uma atuação brilhante, e Chloe Webb (Nancy Spungen).
¿Quase Famosos¿ (2000)
William Miller tem 15 anos e está prestes a realizar o sonho de 9 entre 10 adolescentes de sua época: viajar com uma banda de rock em turnê e escrever uma reportagem para a revista Rolling Stone. Cameron Crowe conta esta história autobiográfica e nostálgica com detalhes que fazem qualquer fã de rock salivar. Stillwater, a banda do filme, foi inspirada "apenas" no lendário Led Zeppelin.
¿A Festa Nunca Termina¿ (2002)
Dirigido por Michael Winterbottom, o filme conta a história do selo Factory Records (nome vindo da festa ¿Factory¿, no Russel Club) e a criação do movimento rave de Manchester (apelidada na época de Madchester). Antes de entrar na cena que trouxe ao mundo nomes como Happy Mondays e New Order, o diretor dá uma breve passada pelo punk.
¿Johnny & June¿ (2005)
Esta cinebiografia romanceia a história de Johnny Cash (Joaquin Phoenix), lenda do country e do rock que teve vida atribulada, se envolveu com drogas e conheceu a redenção nos braços da cantora June Carter (Reese Whiterspoon, vencedora do Oscar por este papel). Elvis Presley e Jerry Lee Lewis aparecem, para deleite dos fãs do velho rock and roll.